sábado, janeiro 26, 2008
Bandas Baianas - Cascadura -
Com quase 16 anos de estrada, o Cascadura chega à maturidade e lança o seu quarto CD, Bogary. Assim como qualquer banda baiana que se presta a tocar rock, eles passaram por vários perrengues, transformações, ralaram um bocado, para enfim começar a serem reconhecidos (e conhecidos!) como um legítimo grupo de rock. O show do último sábado do Festival de Verão não me deixa mentir. Em um palco onde o Cascadura dividiu a noite com o Pato Fu (!), os baianos não ficaram devendo em nada para os mineiros e, junto com um monte de fãs que entoaram a grande maioria das músicas da carreira da banda, Fábio Cascadura e sua trupe deixaram o palco ovacionados como uma das melhores bandas da noite.
O Bogary, quarto disco dos baianos, vem junto da edição número 15 da revista Outra Coisa, que se pretende a principal mídia da cena alternativa do Brasil. Com um som um pouco mais pesado que os outros três álbuns da banda, Bogary também traz uma balada pretensa a tocar nas FM´s Brasil afora. “Mesmo eu estando do outro lado” destoa do restante do álbum com uma sonoridade nova, extremamente pop. Em compensação "Se alguém o ver parado” e “Senhor das Moscas”, tem um som muito mais pesado, cheias de distorções de guitarra e com uma bateria um tanto agressiva, especialmente no segundo exemplo. Vale ressaltar a última faixa do álbum “Adeus, solidão”, onde Fábio faz um tipo romântico dos anos 70, e bem no final da faixa aparece uma bem humorada explicação sobre o nome do álbum. Graças à participação especial do folclórico Wilson Mello, Fábio Cascadura é recomendado “tomar no cu com areia grossa da praia de Bogary”.
Obviamente não podia deixar de citar os outros Cd´s dos roqueiros baianos. Os dois primeiros álbuns da banda, ”#1” e “Entre!” tem evidentes influências do rock dos anos 70. Rolling Stones e Rita Lee são apenas algumas das “perolescas” influências na construção dos dois álbuns. Dançantes e cheios de molejo, as faixas de #1 tem como clássicos as faixas “Nicarágua” e “Sherazad”, entoadas em uníssono no Festival de Verão. Com menos hits que o primeiro, “Entre!” tem como destaque também duas faixas por motivos distintos: “O cantor de Jazz” traz uma conveniente mudança de ritmo no meio da música, e “Vapor” faz uma menção honrosa à cidade origem da banda, mesmo sabendo que Salvador está mais pra madrasta do que pra mãe das bandas de rock baianas.
O Cascadura começou a definitivamente deslanchar para o sucesso em 2003, com o lançamento do terceiro álbum do grupo, “Vivendo em Grande Estilo”. Neste terceiro álbum, a banda rompeu um pouco com as correntes setentistas que aprisionaram a banda nos dois álbuns anteriores, contudo conseguiram manter o ritmo e o molejo das músicas. Com faixas bem humoradas como “Mãe da Garota” ou baladas reflexivas como “Queda Livre”, o Cascadura fez o que pra muitos ainda é o melhor álbum da banda. É meio complicado afirmar isso, mas neste terceiro álbum foi produzido um rock “mais puro”, segundo o próprio Fábio Cascadura.
Esse é o primeiro de muitos posts dedicados ao rock baiano, afinal de contas, nem só de axé vive a nossa tão difamada... (ops!) divulgada música conterrânea...
Segue aqui o último clipe da banda divulgado na MTV, “O centro do universo” parte integrante do último álbum, Bogary.
sexta-feira, janeiro 18, 2008
"Quem diabos é Eagle Eye Cherry?!"
Essa é uma pergunta que eu tenho ouvido bastante nesses dias que antecedem o show de sábado do Festival de Verão. Confesso que de primeira não liguei o nome à pessoa, mas é só fazer uma pesquisa rápida pra descobrir que o cara não é nenhum desconhecido. Definitivamente não.
Em turnê do último álbum “Live and Kicking” (2006), que nada mais é do que uma coletânea ao vivo dos maiores sucessos dos outros 3 álbuns (Sub Rosa, Living in the Present Future e Desireless), Eagle Eye faz uma grande mistureba de sons e ritmos. Do rock ao hip hop ou do blues ao pop, ele já implacou grandes sucessos como “Falling in Love Again”, “Save Tonight” e “Are You Still Having fun”.
O Live and Kicking, por ser uma coletânea, é o álbum que apresenta a maior fusão de ritmos de todos os outros. A calmaria e os traços do blues em faixas como “Been here once before” é logo quebrada pelo pop rock de “Falling in Love again”. Apesar de já ter mais de dez anos do lançamento, o primeiro CD do cantor, o Desireless, é o que arrematou mais faixas da cloetânea e, por isso mesmo, continua sendo o carro chefe das apresentações. Pra quem não conhece muito do trabalho de Eagle, é realmente o melhor dos 3 CD´s.
O segundo álbum de Eagle Eye Cherry, o Sub Rosa, é o mais pop dos três. Com produtores que já haviam trabalhado com artistas como Bjork, Pudlle of Mud e Jamiroquai, o Sub Rosa traz consigo baladas cheias de refrões, segundas e terceiras vozes, palmas e outros recursos dignos de qualquer artista que queira ver suas músicas estouradas em qualquer estação FM. Destaque mesmo para "Feel so Right", a melhor do álbum.
"Living in the Present Future" retoma um pouco mais as influências do jazz e traz uma faixa especial: "Are you still Having Fun" traz uma balada mais rockeira e é uma das melhores músicas já produzidas pelo sueco naturalizado norte americano. Também vale a pena conferir "Long Way Around", onde Eagle faz um dueto com sua irmã, Neneh Cherry.
O show desse sábado, apesar de vir acompanhado de outros artistas sem o menor nexo ( como Belo, Daniel ou, ainda pior, Psirico), deve atrair um público muito semelhante ao que curtiu o show de Ben Harper na edição do ano passado do Festival. Os dois cantores, inclusive pela mistura de ritmos e pelas múltiplas influências, fazem um som muito parecido. Ben Harper só não deu o azar de ter que dividir a noite com outros estilos tão discrepantes, como Eagle vai enfrentar este sábado.
Segue abaixo 3 músicas de sucesso de Eagle Eye Cherry.
Falling in Love Again
Save Tonight
Are You still Having Fun?
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Marilyn Manson
Sua vida não é fácil em terras americanas, onde correntes conservadoras religiosas tem muita força em determinadas cidades. Em 1999, ano do massacre na escola Columbine, muitas autoridades e especialistas assossiaram o fato dos assassinos terem feito o massacre ao de que eles eram fãs de Marilyn Manson. No documentário “Tiros em Colubine” (veja trecho) Manson defende-se, e lembra de outros fatores da sociedade norte-americana que certamente foram mais relevantes para levar os estudantes assassinos a cometerem o massacre.
A banda de Marilyn, que leva o seu nome, lançou o seu último álbum em julho do ano passado. Eat me, Drink me, com certeza traz um som muito mais leve do que os outros 6 CD´s do grupo. Em setembro do ano passado, na turnê deste último ábum, a banda passou pelo Rio de Janeiro, fazendo um show que a mídia nacional não deu a devida atenção. A notícia mais quente sobre o grupo é a de que o baixista Twiggy Ramirez, membro da banda que fez muito sucesso na década de 90, retornou ao grupo após alguns anos no Nine Inch Nails
Segue abaixo a faixa 11 do último CD do Marilyn Manson, homônima ao álbum! ENJOY!
domingo, janeiro 13, 2008
Generator Parties: Queria ter ido em uma!
sábado, janeiro 12, 2008
Álbum Novo, Vida Nova
Silverchair - Young Modern
Depois de cinco anos do lançamento do Diorama, de projetos alternativos como o The Dissociatives e o Tambalane e da superação da anorexia pelo vocalistas Daniel Johns, o Silverchair finalmente lança mais um álbum: o Young Modern. A banda formada pelos australianos Daniel Johns (Guitarra e vocal), Chris Joannou (baixista) e Ben Gillies (bateirista) inovou mais uma vez em relação a todos os outros 4 álbuns do grupo. Com a maioria das composições assinadas por Daniel, elas não lembram em nada hit´s como “Miss you Love” ou músicas mais pesadas como “Israel Son´s”. Destaque para “Straight Lines (veja o clipe) e Reflections of a Sound.
Até mesmo visualmente a banda chama a atenção pelas mudanças. Quem mais surpreende pela alteração física é justamente Daniel, que parece ter se recuperado completamente da anorexia que quase o mata à alguns anos. Com os cabelos curtos e uma aparência muito mais saudável, Johns distoa das suas longas madeixas loiras e de seu físico raquítico, que o acompanharam durante toda a sua carreira até então.
Levando em conta essa nova fase mais madura do Silverchair que o Young Modern vem pra inaugurar, é óbvia a excitação dos fãs. No Brasil, a possibilidade da nova turnê da banda não passar por aqui levou os fanáticos a fazerem um abaixo assinado (que já arrecadou alguns milhares de assinaturas, diga-se de passagem) para convencerem os australianos a visitarem as terras tupiniquins. A falta de divulgação por aqui é a principal preocupação da banda em vir para qualquer país da América Latina. Os fãs prometem que isso não será um problema para lotar os incertos futuros shows dos australianos por aqui.
Segue abaixo o link para o abaixo assinado:
http://www.petitiononline.com/chairbr/petition.html