sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Discos para não esquecer jamais [1]


Começo essa nova seção do 22 e ½ com dois discos que fizeram parte da minha adolescência. Aliás, quase todos os que aparecerem por aqui serão os que eu ouvia quando era mais novo (ou seja, adolescente). Por isso mesmo, venho aqui de público pedir a ajuda do meu sócio Carlos para diversificar um pouco. Se depender de mim praticamente só vai ter punk rock por aqui!
Em 1999, o Blink 182 lançava o seu terceiro álbum de estúdio que os lançaria definitivamente para o sucesso. O pop punk da banda estadunidense conquistou principalmente os adolescentes. Cheios de senso de humor, Tom, Mark e Travis lançaram os sucessos "Adams song", "What´s my age again" e "All the small things". Essas três faixas viraram hinos da banda que as tocaram até o final da carreira. Até nos clipes as bandas caprichavam no bom humor. Em "All the small things", a banda dá um presentinho todo especial às boy bands da época, especialmente aos garotinhos do Backstreet Boys. Em "What´s my age again", o trio canta a música toda completamente nús.
Em 2001, o Blink 182 lançava o Take off your pants and jacket. A grande curiosidade do álbum é em relação logo ao seu título. Quem entende um pouquinho de inglês deve ter sacado o trocadilho malicioso que existe no nome do CD. Jacket em inglês quer dizer jaqueta mesmo, portanto literalmente o título quer dizer nada mais do que “tire suas calças e sua jaqueta”. Contudo, o termo “Jack it” é uma expressão popular americana quer dizer masturbe-se (ou, sendo popular também, quebre uma). Oralmente não há muita diferença em falar jacket ou jack it. Portanto, transformemos o nome em “tire suas calças e quebre uma”.
Consagrados pelo sucesso do álbum anterior, Enema of the State, a banda tentou manter a mesma sonoridade no novo CD. Seria difícil repetir o sucesso anterior, mas com o mesmo senso de humor e com a adesão em massa do público teen, “Take off your pants em jacket” vendeu mais de 4 milhões de cópias e colocou definitivamente o nome da banda no mesmo patamar de outras do punk rock, como Green Day e The Offspring. “The rock show”, “Stay toghether for the kids” e “First Date” foram as faixas de mais sucesso, mas vale a pena ouvir todas as outras também.
Em 2005, uma briga acabou com o Blink 182. Hoje, Mark Hoppus e Travis Barker (baixista e baterista do Blink, respectivamente) formaram a banda +44. No single do álbum, “No it isn´t”, Mark destila todo o seu rancor por Tom pelo fim do Blink 182 e diz literalmente que “não o agüenta mais”. Tom, por sua vez, está em uma banda chamada Angels and Airwaves (ou AVA, nome da filha de Tom). Com a consolidação dessas novas investidas e com a certeza da briga feia entre Tom, Mark e Travis, parece que o Blink não tem mesmo mais volta.
Seguem aqui abaixo alguns clipes interessantes do Blink, não necessariamente do Take off your pants and jacket. Matem as saudades.

Whats my age again?



All the small things



Adams song



Rock show



Stay together for the kids



First date

sábado, janeiro 26, 2008

Bandas Baianas - Cascadura -


Com quase 16 anos de estrada, o Cascadura chega à maturidade e lança o seu quarto CD, Bogary. Assim como qualquer banda baiana que se presta a tocar rock, eles passaram por vários perrengues, transformações, ralaram um bocado, para enfim começar a serem reconhecidos (e conhecidos!) como um legítimo grupo de rock. O show do último sábado do Festival de Verão não me deixa mentir. Em um palco onde o Cascadura dividiu a noite com o Pato Fu (!), os baianos não ficaram devendo em nada para os mineiros e, junto com um monte de fãs que entoaram a grande maioria das músicas da carreira da banda, Fábio Cascadura e sua trupe deixaram o palco ovacionados como uma das melhores bandas da noite.
O Bogary, quarto disco dos baianos, vem junto da edição número 15 da revista Outra Coisa, que se pretende a principal mídia da cena alternativa do Brasil. Com um som um pouco mais pesado que os outros três álbuns da banda, Bogary também traz uma balada pretensa a tocar nas FM´s Brasil afora. “Mesmo eu estando do outro lado” destoa do restante do álbum com uma sonoridade nova, extremamente pop. Em compensação "Se alguém o ver parado” e “Senhor das Moscas”, tem um som muito mais pesado, cheias de distorções de guitarra e com uma bateria um tanto agressiva, especialmente no segundo exemplo. Vale ressaltar a última faixa do álbum “Adeus, solidão”, onde Fábio faz um tipo romântico dos anos 70, e bem no final da faixa aparece uma bem humorada explicação sobre o nome do álbum. Graças à participação especial do folclórico Wilson Mello, Fábio Cascadura é recomendado “tomar no cu com areia grossa da praia de Bogary”.
Obviamente não podia deixar de citar os outros Cd´s dos roqueiros baianos. Os dois primeiros álbuns da banda, ”#1” e “Entre!” tem evidentes influências do rock dos anos 70. Rolling Stones e Rita Lee são apenas algumas das “perolescas” influências na construção dos dois álbuns. Dançantes e cheios de molejo, as faixas de #1 tem como clássicos as faixas “Nicarágua” e “Sherazad”, entoadas em uníssono no Festival de Verão. Com menos hits que o primeiro, “Entre!” tem como destaque também duas faixas por motivos distintos: “O cantor de Jazz” traz uma conveniente mudança de ritmo no meio da música, e “Vapor” faz uma menção honrosa à cidade origem da banda, mesmo sabendo que Salvador está mais pra madrasta do que pra mãe das bandas de rock baianas.
O Cascadura começou a definitivamente deslanchar para o sucesso em 2003, com o lançamento do terceiro álbum do grupo, “Vivendo em Grande Estilo”. Neste terceiro álbum, a banda rompeu um pouco com as correntes setentistas que aprisionaram a banda nos dois álbuns anteriores, contudo conseguiram manter o ritmo e o molejo das músicas. Com faixas bem humoradas como “Mãe da Garota” ou baladas reflexivas como “Queda Livre”, o Cascadura fez o que pra muitos ainda é o melhor álbum da banda. É meio complicado afirmar isso, mas neste terceiro álbum foi produzido um rock “mais puro”, segundo o próprio Fábio Cascadura.
Esse é o primeiro de muitos posts dedicados ao rock baiano, afinal de contas, nem só de axé vive a nossa tão difamada... (ops!) divulgada música conterrânea...
Segue aqui o último clipe da banda divulgado na MTV, “O centro do universo” parte integrante do último álbum, Bogary.


sexta-feira, janeiro 18, 2008

"Quem diabos é Eagle Eye Cherry?!"


Essa é uma pergunta que eu tenho ouvido bastante nesses dias que antecedem o show de sábado do Festival de Verão. Confesso que de primeira não liguei o nome à pessoa, mas é só fazer uma pesquisa rápida pra descobrir que o cara não é nenhum desconhecido. Definitivamente não.
Em turnê do último álbum “Live and Kicking” (2006), que nada mais é do que uma coletânea ao vivo dos maiores sucessos dos outros 3 álbuns (Sub Rosa, Living in the Present Future e Desireless), Eagle Eye faz uma grande mistureba de sons e ritmos. Do rock ao hip hop ou do blues ao pop, ele já implacou grandes sucessos como “Falling in Love Again”, “Save Tonight” e “Are You Still Having fun”.
O Live and Kicking, por ser uma coletânea, é o álbum que apresenta a maior fusão de ritmos de todos os outros. A calmaria e os traços do blues em faixas como “Been here once before” é logo quebrada pelo pop rock de “Falling in Love again”. Apesar de já ter mais de dez anos do lançamento, o primeiro CD do cantor, o Desireless, é o que arrematou mais faixas da cloetânea e, por isso mesmo, continua sendo o carro chefe das apresentações. Pra quem não conhece muito do trabalho de Eagle, é realmente o melhor dos 3 CD´s.
O segundo álbum de Eagle Eye Cherry, o Sub Rosa, é o mais pop dos três. Com produtores que já haviam trabalhado com artistas como Bjork, Pudlle of Mud e Jamiroquai, o Sub Rosa traz consigo baladas cheias de refrões, segundas e terceiras vozes, palmas e outros recursos dignos de qualquer artista que queira ver suas músicas estouradas em qualquer estação FM. Destaque mesmo para "Feel so Right", a melhor do álbum.
"Living in the Present Future" retoma um pouco mais as influências do jazz e traz uma faixa especial: "Are you still Having Fun" traz uma balada mais rockeira e é uma das melhores músicas já produzidas pelo sueco naturalizado norte americano. Também vale a pena conferir "Long Way Around", onde Eagle faz um dueto com sua irmã, Neneh Cherry.
O show desse sábado, apesar de vir acompanhado de outros artistas sem o menor nexo ( como Belo, Daniel ou, ainda pior, Psirico), deve atrair um público muito semelhante ao que curtiu o show de Ben Harper na edição do ano passado do Festival. Os dois cantores, inclusive pela mistura de ritmos e pelas múltiplas influências, fazem um som muito parecido. Ben Harper só não deu o azar de ter que dividir a noite com outros estilos tão discrepantes, como Eagle vai enfrentar este sábado.
Segue abaixo 3 músicas de sucesso de Eagle Eye Cherry.



Falling in Love Again



Save Tonight



Are You still Having Fun?

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Marilyn Manson

Brian Hugh Warner é o verdadeiro nome do polêmico Marilyn Manson. Seu pseudônimo foi criado a partir da fusão dos nomes de Marilyn Monroe (dispensa apresentações) e Charles Manson (assassino norte americano que fez dezenas de vítimas em terras estadunidenses). Com um visual nada convencional mesmo para o meio do rock´n roll, Manson já foi, e ainda é, personagem principal de várias histórias, no mínimo assustadoras, que os mais conservadores insistem em classificar como “diabólicas”. Um dos exemplos mais recentes (e um dos mais excêntricos também), foi Marilyn ter sido forçado a divulgar na imprensa que não havia fumado ossos humanos, como andavam dizendo por aí...
Sua vida não é fácil em terras americanas, onde correntes conservadoras religiosas tem muita força em determinadas cidades. Em 1999, ano do massacre na escola Columbine, muitas autoridades e especialistas assossiaram o fato dos assassinos terem feito o massacre ao de que eles eram fãs de Marilyn Manson. No documentário “Tiros em Colubine” (veja trecho) Manson defende-se, e lembra de outros fatores da sociedade norte-americana que certamente foram mais relevantes para levar os estudantes assassinos a cometerem o massacre.



A banda de Marilyn, que leva o seu nome, lançou o seu último álbum em julho do ano passado. Eat me, Drink me, com certeza traz um som muito mais leve do que os outros 6 CD´s do grupo. Em setembro do ano passado, na turnê deste último ábum, a banda passou pelo Rio de Janeiro, fazendo um show que a mídia nacional não deu a devida atenção. A notícia mais quente sobre o grupo é a de que o baixista Twiggy Ramirez, membro da banda que fez muito sucesso na década de 90, retornou ao grupo após alguns anos no Nine Inch Nails
Segue abaixo a faixa 11 do último CD do Marilyn Manson, homônima ao álbum! ENJOY!


domingo, janeiro 13, 2008

Generator Parties: Queria ter ido em uma!

Rodando na net ontem de madrugada e ouvindo Kyuss, banda que Josh Homme vocalista do Queens of the Stone Age apareceu, quando de repente eu resolvi mais uma vez dar uma fuçada em vídeos do YouTube pra ver se achava algum vídeo interessante da banda e me deparo com um footage de uma das "Generator Parties" que o Kyuss costumava fazer. O nome que deram a essas festas tem uma razão bem simples, a banda simplesmente ia pro meio do deserto, plugava os aparelhos num gerador(dai o nome generator) e tocava ali mesmo, uma lâmpada e um bando de louco em volta. Segundo relatos as vezes o vento era tão forte que derrubava a luz, mas isso n era o suficiente pra parar a galera que tava lá, realmente um momento único. No vídeo eles tocam uma versão de "Whitewater" faixa que encerra o álbum "Welcome to Sky Valley" considerado pela crítica e pelos fãs um dos melhores álbuns da banda, recomendo bastante que ouçam. Segue abaixo o vídeo, desculpem a qualidade do som, vale mais pelo momento mesmo.

Queria muito estar lá!

sábado, janeiro 12, 2008

Álbum Novo, Vida Nova


Sim, ja tem alguns dias que 2007 terminou e nos demos inicio a 2008, mas vale a pena lembrar algumas coisas que aconteceram ano passado que mudaram bastante o modo como as pessoas conheciam para se adquirir musicas de suas bandas preferidas. Uma das mudanças bastante comentadas e ate bem recebidas foi a forma em que o álbum "Icky Thump" do The White Stripes foi colocado a venda. Foram vendidas copias limitadas de 2 modelos de pen-drive com as representaçoes dos dois integrantes da banda, Jack e Meg White , contendo todas as faixas do novo álbum.Outra mudança muito comentada e bastante controversa foi a forma que o Radiohead forneceu seu novo álbum "In Rainbows" para os fãs. Disponibilizou o seu download integral na internet e ainda deixou que os fãs decidissem o valor que iriam pagar pelo álbum. Resultado: Milhoes de downloads nos primeiros dias, críticas, agradecimentos e muita coisa para se discutir. Mas 2007 acabou, e finalmente saiu o "In Rainbows" em sua versão física, 3 meses depois da sua liberação virtual, porem ainda chamando muita atençao e conseguindo o topo de vendas e das paradas britanicas. Segue abaixo um video de uma das faixas do "In Rainbows", "Jigsaw Falling Into Place".


Silverchair - Young Modern


Depois de cinco anos do lançamento do Diorama, de projetos alternativos como o The Dissociatives e o Tambalane e da superação da anorexia pelo vocalistas Daniel Johns, o Silverchair finalmente lança mais um álbum: o Young Modern. A banda formada pelos australianos Daniel Johns (Guitarra e vocal), Chris Joannou (baixista) e Ben Gillies (bateirista) inovou mais uma vez em relação a todos os outros 4 álbuns do grupo. Com a maioria das composições assinadas por Daniel, elas não lembram em nada hit´s como “Miss you Love” ou músicas mais pesadas como “Israel Son´s”. Destaque para “Straight Lines (veja o clipe) e Reflections of a Sound.


Até mesmo visualmente a banda chama a atenção pelas mudanças. Quem mais surpreende pela alteração física é justamente Daniel, que parece ter se recuperado completamente da anorexia que quase o mata à alguns anos. Com os cabelos curtos e uma aparência muito mais saudável, Johns distoa das suas longas madeixas loiras e de seu físico raquítico, que o acompanharam durante toda a sua carreira até então.
Levando em conta essa nova fase mais madura do Silverchair que o Young Modern vem pra inaugurar, é óbvia a excitação dos fãs. No Brasil, a possibilidade da nova turnê da banda não passar por aqui levou os fanáticos a fazerem um abaixo assinado (que já arrecadou alguns milhares de assinaturas, diga-se de passagem) para convencerem os australianos a visitarem as terras tupiniquins. A falta de divulgação por aqui é a principal preocupação da banda em vir para qualquer país da América Latina. Os fãs prometem que isso não será um problema para lotar os incertos futuros shows dos australianos por aqui.
Segue abaixo o link para o abaixo assinado:
http://www.petitiononline.com/chairbr/petition.html